sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

O REI POBRE NOS FAZ RICOS


Rev. Clodoaldo Brunet
Onde está o recém-nascido o Rei dos Judeus? (Mt.2

Governava a Judéia nesses dias, o rei Herodes, o Grande. Homem sanguinário, que no temor de perder o trono elimina todos os seus adversários inclusive as criancinhas de Belém. Ele, diferente de Jesus, nasceu num palácio, para manter-se vivo na memória do povo resolveu investir em magníficas construções, a mais importante delas foi à reedificação do Templo de Salomão. Herodes queria impressionar com seus edifícios.
Jesus, o rei dos judeus, nasceu nos dias do Rei Herodes, numa pequena cidade, o lugar de seu parto foi numa estrebaria, pois não se achou casa que o acolhesse, seu berço uma manjedoura, aquilo que nós chamamos de “coxo”, lugar onde pomos a comida dos animais; a morada de sua infância até
a idade adulta a pequena Nazaré, de onde se dizia que não podia sair algum profeta, desse vilarejo foi dito por Natanael: “ De Nazaré pode sair alguma cousa boa?” ( Jo1.46). Todavia, na pequena Nazaré  Ele dá início ao seu ministério terreno.
Apesar disso, o mundo estava diante de uma riqueza inigualável, o Emanuel, que significa Deus conosco (Mt.1.23). Era diferente dos reis deste mundo, sua riqueza estava na própria pessoa e mensagem. De agora em diante, a humanidade teria palavras de consolação e esperança. Uma experiência singular, não se tratava apenas de um grande homem, mas de um homem perfeito, o Deus que se fez homem.  João o evangelista chamou essa experiência de a encarnação do verbo, cheia de graça e de verdade ( Jo. 1.14).  O Credo Niceno ( 325 d.C ) afirma sobre Ele: “...Deus de Deus, Luz de Luz...”  Quando alguém outro dia perguntou-me se Ele era Deus, não tive outra alternativa se não confirmar a fé dos antigos. A semelhante conclusão chegou o grande escritor inglês C.S. Lewis, um ex-ateu no seguinte raciocínio: "UM HOMEM QUE FOSSE MERAMENTE UM SER HUMANO E DISSESSE AS COISAS QUE JESUS DISSE, NÃO SERIA NEM UM GRANDE MESTRE DE MORAL...” ele seria um lunático ou, então, seria o demônio do inferno. Você tem que fazer a sua escolha! Pode descartá-lo como um louco, ou cuspir nele e matá-lo como se fosse um demônio; ou então, pode cair de joelhos e chamá-lo de Senhor e Deus. Não me venha com qualquer tipo de baboseira paternalista, dizendo ter sido ele algum mestre de moral. Ele não nos deu essa alternativa. E nem pretendia dar”.
No Natal adoramos ao Rei que nos trouxe a verdadeira riqueza, o Emanuel, o Deus conosco. Adorá-lo por sua bondade em distribuir aos pobres de espírito  as suas riquezas espirituais. O teólogo João Calvino (1517) disse que para dar-nos das bênçãos celestiais, Jesus nos propôs uma permuta: “Recebeu a nossa pobreza, e nos transferiu a suas riquezas; levou sobre si a nossa fraqueza, e nos fortaleceu com o seu poder; assumiu a nossa mortalidade, e fez a nossa a sua imortalidade; desceu a terra, e abriu o caminho do céu; fez-se  Filho do Homem, e nos fez filhos de Deus”.
O Rei que nos faz ricos era pobre, não possuía as riquezas deste mundo, mas tesouros  espirituais. Deixou-nos o caminho da fé como meio de recebê-los, poderia ter escolhido outra forma, mas é a vontade do Rei, a fé, aos que tem fé neste Natal, Ele promete fartá-los de bens espirituais. Lucas, o médico amado disse: “Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos” (Lc.1.53).  Aos homens de fé um feliz Natal e venturoso ano novo.
Coluna: Opinião página 04 Jornal Alto Sertão/dezembro 2014
*Clodoaldo Brunet Pastor Presbiteriano em Cajazeiras PB.
pastorbrunet@hotmail.com

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